segunda-feira, 21 de maio de 2012

O feio e o belo em evidência

    Hoje venho falar o pouco que sei sobre o belo e os seus filósofos envolvidos.

    O que é belo para uma, pessoa pode ser horrível para outra. Portanto, reza a sabedoria comum que o gosto, assim como religião ou política, não se discute. No entanto, para os filósofos essa categoria de pensadores interessados em analisar cada pequeno pensamento humano trata-se de uma verdade questionável, sim.

   As primeiras reflexões articuladas acerca da beleza surgiram com Pitágoras, que transferiu do nível religioso para o filosófico o ideal da medida, tomando com modelo a realidade da natureza. Tanto que até hoje, os seres humanos são atraídos poderosamente pelos fenômenos da ordem e da simetria, que podem ser encontrados em si mesmos e no mundo ao redor. O motivo seria as sensações de segurança e de equilíbrio que essas características transmitem.

   As artes grega e romana eram norteadas pelos princípios básicos do tema e sua verossimilhança com o que existe no mundo. Os critérios de avaliação estavam ligados a padrões técnicos ou ao efeito social, moral e religioso que determinada obra pretendia atingir. Assim, o pensamento de Pitágoras estava consolidado no sofisma do verdadeiro, do belo e do bom. "Para Pitágoras, se o mundo é governado por leis que o intelecto e os sentidos são capazes de captar e de traduzir mutuamente, tais leis são ao mesmo tempo belas e verdadeiras, sendo determinadas por medidas calculáveis, harmoniosas e simétricas". Por isso, o que é verdadeiro é, por conseguente, belo, e, ao mesmo tempo, correto e bom. Do mesmo modo que, ao contrario, o que é falso é também feio e mau.

   Essa trindade pitagórica começou a ser explicada com Platão, quando o verdadeiro e o bom perderam a sua coincidência imediata com o belo, passando a refletir, na medida do possível, a parte mutável, inquieta e inconsciente da alma. "Platão temia que as seduções da arte fossem capazes de confundir e perturbar a verdade". Para Platão, a beleza deste mundo lembra a verdadeira beleza, o valor absoluto e a alegria suprema somente para os seres humanos que são capazes de compreendê-la. Apesentada estes no Mundo das ideias e o Mundo das sombras.

   Mas foi Immanuel Kant que afim de diferenciar os juízos da beleza dos conceitos sobre moral ou utilidade pratica, elaborou, segundo sobre sua obra A crítica do juízo, uma doutrina filosófica que tornou lógicas e coerentes as ideias estéticas que prevaleciam em sua época. Kant que foi o primeiro dos idealistas alemães, era também interessado na metafísica, que é o que está além da nossa habilidade de perceber. Nós somente conseguimos alcançar flashes atrativos do mundo metafísico. Kant foi influenciado pelo filósofo David Hume e pelo cientista Isaac Newton, embora o primeiro tenha dito que nada é real e que não podemos entender nada de qualquer forma, enquanto o outro "provou" as leis da gravidade e outras "realidades" científicas.

  Para Kant, além de ser um elemento subjetivo, a arte também deveria ter a possibilidade de se universalizar. Dessa forma o que vai inscrever o juízo de gosto é o sentimento do prazer e desprazer que uma obra proporciona, e não a razão, o entendimento abstrato ou um jogo lógico do pensamento.
   

Amanha continuo minha enfase sobre o belo com outros filósofos, pois agora vou ver um pouco de TV e sua modernidade em parte aplicável.


Gabriel Jung

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