Platão usava o Eros para explicar o conceito de amor. Eros dizia os gregos envolvia um intenso e apaixonado desejo por algo.
Platão argumentava que o Eros envolvia um intenso e apaixonado desejo pelo belo. O Eros nos proporciona um mundo que esta além dos nossos sentimentos e plano físico em que vivemos sendo assim “transcendental”. Ele chamou este outro mundo de mundo das formas ou idéias. E a beleza é uma característica deste mundo das formas, assim quando amamos no sentido de Eros uma pessoa bela neste mundo físico, isso acontece porque ela nos lembra da beleza que existe no mundo das idéias.
Mas o que torna bonitas as pessoas bonitas?
As pessoas bonitas são bonitas porque compartilham o belo. Pelo menos é isso que diria Platão.
E alguém é perfeitamente belo?
De acordo com Platão sempre há um desvio da perfeição – alguma falha, um defeito, imperfeição, que faz com que não sejam perfeitamente belas. Por isso conclui Platão o belo o verdadeiro ou perfeito não pode fazer parte do mundo físico.
Platão usou uma analogia da natureza de nosso entendimento a respeito da natureza das idéias. Imagine prisioneiros que tenham passado a vida acorrentados dentro de uma caverna. A caverna é iluminada pelo fogo que lança sombras nas paredes. Os prisioneiros jamais puderão ver o mundo exterior, toda sua experiência visual esta limitada as sombras na parede da caverna. Para Platão é nessa situação que se encontram as pessoas comuns. O mundo físico que descobrimos através de nossos sentidos é como uma sombra projetada por algo real o mundo das formas. O mundo físico é um pálido reflexo desse mundo das formas, assim como a sombra é um pálido reflexo do objeto que a projeta.
Agora imagine que os prisioneiros se libertam de suas correntes e vão até a entrada da caverna. A principio a luz simplesmente os cega, e eles não conseguem enxergar nada. Seus olhos se habituaram à escuridão e à sombra, e eles não conseguem aprender esse novo mundo que se apresenta diante deles. Essa é a situação das pessoas diante do mundo das formas. Assim, o amor, do ponto de vista platônico, pode ser tão misterioso, indizível e inexplicável quanto dizem muitas pessoas.
“Esteticismo”.
Mito da Caverna em HQ
legal
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